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A borra de Café por Mario Benedetti


"Rita teve então um gesto que pôs o ponto final, agora sim, na minha infância: me beijou. Foi na bochecha, ao lado da comissura dos lábios, e ela prolongou um pouquinho aquele contato. Tenho a impressão de que aquilo foi o meu primeiro esboço de felicidade. (...) Então eu também a beijei na bocheca, perto dos lábios, e ela sorriu, boníssima. Acho que gostou. Senti uma agitação nova, uma euforia quase heróica. Não era ainda, por razões óbvias, uma excitação sexual, mas digamos que fosse uma emoção pré-erótica."

(Livro A borra de Café  de Mário Benedetti)



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